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idea , plano, projeto, piloto e empresa

 
A inPACTA e seu novo modelo de geração de negócios                 Empreendedorismo Inovador
 quarta-feira, 23 outubro 2019
31 de Outubro: dia de fazer travessuras!

O dia das bruxas, 31 de outubro, foi a data escolhida pela incubadora para o lançamento de um edital com um novo modelo de geração de negócios

Surfando nessa onda de criação de startups desde 2002, aprendi algumas coisas:

  • Não temos como e nem porque filtrar qualquer ideia. Não existe um “ideômetro”. Logo, temos que verificar e validar, via implementação, as que nos são apresentadas!
  • A competitividade é o melhor combustível para os empreendedores. Portanto, precisam estar em constante choque de ideias.
  • Temos de conhecer sobre aquilo que vamos cobrar, pois os produtos não podem sair melhores do que os moldes, como mostro em Um laboratório gerador de startups.
  • Se está todo mundo fazendo a mesma coisa, quem fizer diferente mostrará maior poder, pois trará algo novo. É o que eu explico em Incubadoras universitárias: indo na contramão. Entramos no ciclo da inércia e dos encontros-festa, em que se junta muita gente boa para promoção de hackathons non-sense, que levam à confecção de aplicativos tipo-UBER e derivados. Não se inova em estratégias, apenas imitação.
  • Que feito é melhor do que perfeito. Toda entrega e desenvolvimento são dinâmicos e precisam de realimentação. Portanto, não espere que o produto esteja perfeito: construa, messa, aprenda e recomece. Desenvolver um produto perfeito é garantia de estar dissonante do Mercado quando ficar pronto e a possibilidade de ter que dar um “Ctrl-Z” de altíssimo custo, quase inviabilizante.
  • O conhecimento científico é a base de qualquer inovação sustentável. Criar coisas com baixa valor científico agregado garante a cópia instantânea.
  • Errar é humano. Para o empreendedor, obrigatório. Portanto, erre rápido.
  • A implementação de qualquer empreendimento não precisa começar em lugar físico, mas de um propósito bem desenhado ou ordem imaginada.
  • Que já há – na verdade, sempre existiu – um parque tecnológico com carência de soluções e com condições de investir em boas ideias, também conhecido por Mercado.
  • Que a inovação “puxa” a tecnologia e esta, por sua vez, puxa a ciência, e não o contrário.
  • Que, no tocante à inovação, a universidade brasileira está perdida .
  • Que quem gera tração é o networking. Estar em uma estrutura mercadologicamente isolada é garantir a morte negocial.
  • Que a empresa que mais lucrou com a onda dos “n” Canvas criados foi a 3M, dado ao aumento da venda de post-it. (Obrigado brother Marcos Oliveira por este “toque”).
  • Treino é treino, jogo é jogo. Quem nasce no Mercado foi, ou está sendo, validado no próprio Mercado, como aponto em Market inside Market.

Tem mais coisa. Porém, para não ficar cansativo, vou parar por aqui. E onde isso se encerra: em um novo edital de geração de negócios, antenado com o momento, no qual a inPACTA está prestes a lançar no dia das bruxas, 31 de Outubro próximo. Uma bela data para as coisas darem errado! Bom, se já vinha nessa linha mesmo, o erro do erro tem mais chance de ser um acerto!

Portanto, nessa “idosa” aula, ou melhor, aula condensada de Nº 65, vou descrever como iremos inovar no quesito – que agora eu chamo de antigo modelo – de incubação de empresas. Vou descrever nossa proposta de modelo em dois tempos. Será uma ideia lançada e, como afirmo lá no começo, não se pode refutá-la a priori. Vocês terão de testá-la. Apertem os cintos!

O primeiro tempo: avaliação e capacitação semipresencial ou Modo Bootcamp

Descrevemos a versão de educação proposta pela galera da inPACTA em Bootcamp, aprendizagem intensiva, acelerada e verdadeira em campo . Lá, propusemos um algoritmo de capacitação por imersão tutorado pelo advisors, a moçada empreendedora de Mercado e da Academia que está na base da inPACTA, e pelos próprios empresários interessados nas soluções que vão emergir daí.

A coisa vai acontecer da seguinte forma:

  • Lançamos o edital de prospecção no dia 31.10.2019. Esse edital ficará 365 dias aberto.
  • Um baita time analisará e selecionará as propostas melhor estruturadas. Não as melhores ideias, pois não sabemos quais são. Vamos nos concentrar naquelas com começo, meio e fim.
  • Propostas filtradas, contato feito com o vivente empreendedor do outro lado da nuvem, damos início à capacitação Bootcamp, começando pelo encaixe das ideias ao que entendemos por Modelo de Ideia. Trabalharemos via plataforma Trello para o gerenciamento das tarefas e com o Slack para comunicação. Modelo redondo, marca-se um call ou uma visita à inPACTA para validação desta etapa que trabalhará, principalmente, o encaixe Problema-Solução. Chamamos esses encontros de Sprints. Nesses sprints, virtuais ou presenciais, serão avaliadas também a composição do time que tocará a ideia adiante.
  • Ultrapassada a “caixinha rosa”, vamos continuar a capacitação na linha de encaixe do Produto ao Mercado (caixinha azul). Mesmo procedimento: tome Trello-Slack com a moçada da inPACTA. A coisa andou (?), está com cara de MVP (?), conectaremos essa “coisa” ao(s) empresário(s) interessado(s). Nessa etapa, a validação terá de ser presencial.
  • Deu match? Massa: derramaremos nossos conhecimentos e esforços na linha de promover a Tração e a possibilidade de Escala de seu negócio. Nesta fase de match, o vivente empreendedor já estará alinhando sua solução ao propósito da empresa “mecenas”. Esse investidor poderá sugerir uma inovação em seu próprio ramo ou criar um novo negócio. Você poderá ser convidado a desenvolver esse novo negócio e ainda ser o próprio CEO da coisa toda, como fez nossa heroína Andressa, convidada para montar um spin-off induzido por uma empresa tutora, aventura que pode ser lida em A validação da ciência empreendedora inovadora .

Tudo certo, como final de novela e filme de Dora Aventureira, vamos ao segundo tempo.

Metodologia de capacitação do Modo BootcampO segundo tempo: a inserção nas empresas ou Modo in Company

Com a capacitação nos quesitos Problema/Solução e Produto/Mercado e protótipo ou MVP em mãos, vamos à fase “raiz” do processo: incubar a ideia na empresa interessada para trabalhar seu crescimento, ou Growth Hacking, pra ficar mais chic. Esta etapa recebe o nome de Modo in Company. A startup, projeto, grupo, receberá o convite de uma empresa para desenvolver sua solução indoor. Ela – vou chamar por startup – poderá estar fisicamente na empresa-alvo ou trabalhando em seu projeto de modo home-office. Em ambos os casos, estará vinculada à IncaaS, plataforma privada criada para dar apoio estratégico à startup, tanto para capacitações, networking, negociações com aceleradoras, transferência de tecnologia entre a startup e a empresa etc. Este processo, que pode ser visto na figura azul, é realimentado e contínuo. Prospectaremos pessoas interessadas onde quer que a Internet alcance. Daremos uma ajuda no que diz respeito à toda metodologia empreendedora-inovadora que temos disponível, somada ao aprendizado em campo e com os próprios atores do ecossistema (empresários, empreendedores, professores etc.) e abriremos nosso networking para a geração de tração útil.

Proposta para geração de novos negócios da inPACTA: Bye-bye old-incubação

Finalizando…

Claro que tudo não é tão simples assim. Isso nunca foi testado de forma plena. Como inPACTA, já validamos todas as etapas, mas não tudo junto. Apostamos em nosso arcabouço.

Parafraseando o cara que eu tenho como o maior empreendedor de nosso tempo, Elon Musk: “Se você não está fracassando, não está inovando suficientemente”!

Parafraseando-me: “Se está todo mundo fazendo a mesma coisa, quem fizer diferente mostrará maior poder, pois trará algo novo”. Desta forma, conto com vocês para mudarmos os rumos de nossa economia, nosso grau de empregabilidade e nossa forma de estudar e aprender o mundo.

Feliz dias das bruxas pra gente!

Referências:

inPACTA

Trello 

Slack 

IncaaS

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Leia a edição anterior: Dia das crianças: Terão as empresas que se transformar em centros de capacitação?

Gláucio Brandão é gerente executivo da inPACTA, incubadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Gláucio Brandão



veja o caminho longa de montar seu empresa 

mas incubadora pode catalizar , minimizar o tempo 

O empreendedor inicia sua jornada. Ele deverá fazer uma apresentação honrosa do seu negócio, mostrando como irá se diferenciar dos concorrentes e o que os seus clientes em potêncial irão receber.

Aqui você deve mostrar que sua lâmpada funciona, se sua lâmpda funciona com tomada, sem tomada e se sua ideia, realmente é uma lâmpda.

Para passar de nível: Aprovação pela banca do modelo de negócio.


SEMANA 4:

(Let’s put a smile on the face)

Você vai ter que criar um Mínimo Produto Viável (MVP). Com isto na mão, é hora de mostrar para o mercado, para possíveis sócios colaboradores, parceiros ou investidores anjo.

É hora de se mostrar, errar, corrigir, acertar e se preparar para faturar.

Para passar de nível: É hora de se mostrar, errar, corrigir, acertar e se preparar para faturar


SEMANA 6:

(On Action no Talk)

Com o MVP produzido é hora de coloca-lo no mercado e faturar.

“Ou seja, está na hora de colocar o seu produto no mercado e faturar (faturar mesmo!)”.

Para passar de nível: Vendas realizadas e o MVP rodando nos clientes.


SEMANA 26:

(Corra Forest, corra!)

Com o produto validado vendendio e sendo utilizado, é hora de escalá-lo e desenvolvê-lo, utilizando os recursos da inPACTA, a capacidade dos sócios e, principalmente o feedback do mercado.

Para passar de nível: Desenvolvimento de empresa para receber aporte ou crescer completamente independente.

Ou seja: ao invés de trabalhar-se para tentar entregar mais um estagiário à MEL S/A, um potencial desempregado, por que não entregar à MEL (já estou íntimo) uma possível startup, ou spin-off, gerada por ela própria em parceria com a TorreDeMarfim.edu, a qual forneceria os conceitos básicos de formação para todas as áreas do conhecimento (algoritmos, matemática, português, ciências naturais, sociais etc.) e, com a ajuda de quem já está sendo solapada a tempos pelo Mercado – a MEL – construir opções juntos? E mais: o efeito colateral de atualizar os docentes a muito cristalizados! Creio que o bootcamp seria esse processo. Que melhor de dois mundos poderíamos esperar: A TorreDeMarfim.edu atualizada em tempo real e entregando empregadores à sociedade, ao invés de desempregados! Um mundo mais doce!

Group of Business People Meeting Teamwork

Bootcamp Acadêmico by Prof  dr Gláucio Brandão

Filando o texto do site Mastertech:

Bootcamp é um programa de ensino imersivo que foca nas habilidades mais relevantes de determinada área para atuar no mercado do século XXI. Os bootcamps já são referência lá fora e estão chegando com força aqui no Brasil. Esses programas vêm de encontro às necessidades de pessoas que querem mudar de carreira ou simplesmente entrar no mercado de trabalho mais rápido. Mais comuns na área de tecnologia, os bootcamps de programação oferecem um ensino hands-on e de alto impacto para formar desenvolvedores muito mais rápido do que o ensino tradicional.”

Esse modelo de aprendizado está crescendo na Europa e USA. Pessoas estão pagando para “estagiar” em empresas das quais são admiradoras, cujo propósito final da empresa é contar com elas em seus quadros. “Pagando para trabalhar?”, você perguntaria. E eu te responderia: “Pagando para aprender!”

Em qual local você teria acesso ao que o Mercado precisa? Em qual escola você teria professores – vou utilizar advisors para o caso de especialistas ad hoc e mentores para os orientadores da empresa – “linkados” a problemas reais? Em que curso você teria as ementas perfeitamente adequadas à necessidades de verdade? Em qual “creche” de ensino superior o lanche só viria depois da tarefa cumprida? Respondo-te, incauto ser: na Empresa, ou ONG, ou Associação! Resumindo: na instituição que está viva no Mercado! Ela está viva porque consegue carregar o míssil COBRA!

E você acha que por todo este enxoval empreendedor ainda “rolaria” um payback?

Vamos tentar modelar isso para nossa realidade de Escola 1.0, aquela em que o docente enclausurado na torre de marfim, distante de tudo e de todos, dita como o Mercado tem de ser, num exercício semelhante ao de fazer “o rabo balançar o elefante”. Acho que não vai rolar!

Deadlock, my friend!

Alguém poderia dizer que estou falando em estágios obrigatórios supervisionados, aqueles que fazem brilhar os olhos dos estudantes quando adentram o lado de cá da “torre”, e que quando o conseguem bradam aos quatro ventos (e até cortam os cabelos): “estou estagiando na empresa MelhorLugar S/A!”. Vou abreviá-la por MEL S/A, um doce de empresa!

A inversão “necessária” do formato ensino-aprendizagem: A Capacitação Não-Linear Imersiva:

Parafraseando o filme “Up, altas aventuras!”, percebe-se hoje que a “Aventura está lá fora!”. No nosso caso, a Ciência! As empresas estão inovando muito mais rapidamente do que a Academia. Falando no formato Yoda de ser: necessária uma inversão é!

Pensemos então no seguinte algoritmo piloto para um utópico bootcamp, o qual chamarei de Algoritmo de Capacitação Não-Linear Imersiva (CAN):

[Algoritmo CAN: INÍCIO]

  • MEL abre chamada para bootcamp, a ser concluído em 18 meses.
  • Estudante se submete à aplicação e entra no bootcamp.
  • MEL elenca a série de competências que Estudante tem de ter.
  • TorreDeMarfin, em acordo com MEL e Estudante, monta o portfólio acadêmico-empreendedor adequado, aquele que servirá tanto para MEL como para outras empresas.
  • O bootcamp começa com os docentes de TorreDeMarfim intervindo de modo a transferirem – e aprenderem – o conteúdo adequado ao trabalho a ser desenvolvido por Estudante.
  • Ao final, uma banca montada por TorreDeMarfim e MEL, avaliam a progressão de Estudante no bootcamp. Tudo positivo, entregam a Estudante o brevê de FIT, e deixam Estudante livre para escolher a incorporação à MEL, ou empresa similar, ou montar seu próprio negócio, pois com uma formação acadêmica-empreendedora dessas Estudante “manja muito” de Mundo.

[Algoritmo CAN: FIM]

Fim de jogo. Ou melhor: fim de deadlock e começo de jogo! Yes, we CAN!

O financiamento de todo o Algoritmo CAN pode ser feito via dispositivos já existentes (Lei do BEM, Informática, Fundos de Economia Solidária, Setoriais, Fundo Próprio, Renúncia Fiscal, Isenções, Editais de Subvenção, Seed Money, Venture Capital, Equity, Acordo Tripartite etc.).

Vejam que não há diferença entre o bootcamp militar e a versão acadêmica. O vivente tem de trabalhar o sistema nervoso praticando o mundo real, deixando a massa cinzenta para os desafios que estão por vir, e não deixar o cérebro ocupado com o que já está estabelecido.

A crítica aos cursos da área de Educação

Com tantas possibilidades de projetos de extensão que temos nas universidades, tantas faculdades e centros da área de educação, tantas oportunidades para trabalhar tantos conceitos, e tantos estudantes, docentes e componentes curriculares perdidos, por que não enveredar por estudos como o proposto aqui, de metodologias de inversão, ou outros, ao invés do mergulho sistemático e cada vez mais profundo na reprodução de “planos de aula pá-pá-pá” que “ao final da aula o aluno ti, ti, ti”, não será capaz de… da “pedagogia do (des)encantamento”, “construti-num-sei-o que” etc. Por que não se incentivar o empreendedorismo como mola para o aprendizado, já que ele é transversal, próprio de qualquer área?

Fechando…

O míssil COBRA está lá fora. Não se sabe o tamanho nem quando vai explodir, mas vai! É necessário que se prepare as mentes para lidar com o improvável, uma explosão que pode estar iminente, e não para o que está aqui dentro, previsível. A aventura está lá fora!

E, por falar em muito perfeito, deixo pra vocês a música Paradise, do grupo Coldplay (https://www.youtube.com/watch?v=1G4isv_Fylg).

Boa FIT para vocês!

Referência:

Mastertech (https://blog.mastertech.com.br/carreira/o-que-e-um-bootcamp/)

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Leia a edição anterior: A inPacta, seu arcabouço e o futuro hoje!





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